“Deus está atento ao seu coração” (Santo Agostinho).
De fato, o Pai Celestial conhece-nos até ao mais íntimo, até aos movimentos mais sutis do nosso coração, pois nada Lhe é oculto. Para quem ainda não conhece realmente a bondade do nosso Pai e não tem uma imagem correta d’Ele, isto pode parecer um pouco estranho, como se Deus quisesse controlar todos os nossos pensamentos e ações. No entanto, não é assim que Ele age, mas sim as forças que querem manipular e controlar as pessoas.
“Eu sou o bom pastor, conheço as minhas ovelhas e elas conhecem-me. Assim como o Pai me conhece, eu conheço o Pai, e dou a minha vida pelas ovelhas.” (Jo 10,14-15).
“Vede que grande amor nos tem mostrado o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus, e nós o somos!” (1Jo 3,1a).
Há muitas formas de crescer no amor a Deus. Uma delas é escolher uma passagem das Sagradas Escrituras que expresse de forma particularmente comovente o amor do nosso Pai. Essas frases existem em abundancia na Bíblia. Depois, é uma questão de interiorizar a palavra escolhida repetidas vezes, conversando com o Pai sobre o que ela nos diz e agradecendo-Lhe.
“A grande obra de Cristo foi tornar o Pai conhecido pelo mundo.” (Santo Hilário de Poitiers).
O Senhor terá tido sucesso? No Evangelho segundo João, vemos todos os esforços de Jesus para deixar claro aos judeus que o Pai o enviou, que ele fala em nome deles e que só diz o que ouviu o Pai dizer, fazendo sempre o que lhe foi ordenado. Jesus não se cansa de atribuir os abundantes sinais que realiza ao Pai, pois é Ele quem age por meio dele e quer glorificá-Lo, pois não busca a sua própria glória, mas a do Pai.
“Deus não deixa vencer em generosidade” (São João Bosco).
Se procurar a definição da palavra “magnanimidade”, que está relacionada com a generosidade, a resposta é a seguinte: “Magnanimidade designa uma atitude nobre e generosa que se manifesta em condescendência, benignidade e perdão. A pessoa magnânima perdoa as fraquezas e os erros dos outros, abdicando da vingança ou da retribuição. É um tipo de bondade que vai além do habitual”.
“Tu sempre receberás instruções minhas, só precisa esperar pacientemente” (Palavra interior).
O Pai nunca nos deixará desinformados quando Lhe pedirmos orientação. Devemos contrapor à incredulidade que por vezes ainda alimentamos esta simples certeza de fé: o nosso Pai deseja guiar-nos em segurança através desta vida. Assim como nos dá tudo o que é necessário para a vida natural, tudo o que sempre nos reservou, também nos torna participantes da sua vida divina e quer que alcancemos a nossa meta.
“Em sua infinita bondade, Deus nunca abandonará aqueles que não querem abandoná-lo.” (São Francisco de Sales).
Uma palavra de consolação de São Francisco de Sales que nos reconforta. De facto, apesar de todos os nossos esforços e boa vontade, parece por vezes que estamos longe de Deus, como se Lhe tivéssemos sido infiéis de uma forma muito subtil. Várias tentações podem mesmo reforçar esta sensação.
