Após a série das três últimas meditações, em que abordamos a crise da missão da Igreja à luz do testemunho dos Apóstolos, vamos agora debruçar-nos sobre os últimos capítulos dos Atos dos Apóstolos. Fá-lo-emos com um esquema ligeiramente diferente do das últimas semanas, uma vez que os últimos capítulos falam por si. Não posso deixar de encorajar vivamente todos a lê-los na íntegra. São muito ricos, na medida em que narram as viagens missionárias de São Paulo e tudo o que nelas se passou. No entanto, nas meditações que se seguem, limitar-me-ei a resumir os acontecimentos, com ênfase num ou noutro ponto-chave.
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ESPERO POR TI NA ETERNIDADE
“Espero por ti na eternidade” (Palavra interior).
Poderia haver uma expressão mais bela do amor do nosso Pai por nós? Como é maravilhoso para nós, no plano humano, quando alguém espera por nós simplesmente por amor, não porque queira algo de nós, mas porque está contente por nos ter por perto. É igualmente um prazer quando Ele nos manifesta expressamente esse amor.
AS VIRTUDES MORAIS
“Não se pode acreditar que o Pai, o Filho e o Espírito Santo possam habitar uma pessoa que não pratica a virtude” (Juan Taulero).
ATOS DOS APÓSTOLOS | O testemunho dos apóstolos e a atual crise missionária (III)
Ao abordar hoje a questão de saber se há indícios que sugerem que Leão XIV está a reconduzir a Igreja ao caminho certo, em conformidade com a Sagrada Escritura e a Tradição, centrar-me-ei sobretudo no tema da missão, que discutimos nas duas últimas meditações.
Temos um primeiro discurso do novo Pontífice relacionado com o tema em questão. Trata-se da “alocução às delegações ecuménicas e inter-religiosas”, proferida a 19 de maio de 2025. Passo a citar alguns trechos relevantes para o tema em questão:
ATOS DOS APÓSTOLOS | O testemunho dos apóstolos e a atual crise missionária (II)
Antes de continuarmos a acompanhar São Paulo ao longo dos últimos capítulos dos Atos dos Apóstolos e de nos prepararmos para a solenidade de Pentecostes que se aproxima, voltemos ao tema iniciado ontem e detenhamo-nos nas consequências resultantes de deixarmos de considerar Jesus Cristo como o único Salvador do mundo e de já não O anunciarmos com o zelo dos apóstolos, como a Igreja fez ao longo dos séculos com grande fidelidade.
AS VIRTUDES TEOLOGAIS (I)
“Não se deve acreditar que o Pai, o Filho e o Espírito Santo possam habitar uma pessoa que não pratique a virtude” (Juan Taulero).
DEIXE DEUS AGIR E FALAR CONOSCO
“A melhor e mais maravilhosa coisa que se pode conseguir nesta vida é ficar em silêncio e deixar Deus agir e falar” (Mestre Eckhart).
O silêncio tem um valor e uma grandeza intrínsecos, desde que não seja silêncio de medo ou de respeito humano. Ao aprender a calar, ao afastarmo-nos da tendência para comunicar e comentar tudo, aprendemos a aceitar as circunstâncias dadas, a ponderá-las mais profundamente e a enfrentá-las com maior reflexão prévia. Desta forma, escapamos ao dinamismo de um mundo acelerado, que traz consigo demasiada inquietação e uma lógica de “ação-reação”, em que agimos de forma apressada.