“Amemos, porque ele nos amou primeiro”. (1Jo 4,19).
Em suma, a Carta de São João leva-nos à fonte e à verdadeira motivação do amor: queremos amar porque Deus é amor e primeiro nos amou. Esta é a certeza mais profunda que pode acompanhar-nos como um farol constante em todas as situações da vida e tornar-se a nossa motivação. Basta pedir ao Espírito Santo que nos lembre disso, e Ele certamente o fará com alegria, pois é Ele próprio o amor entre o Pai e o Filho.
Rom 2,17-29
Mas tu, que te orgulhas de te chamar judeu, confias na Lei, glorias-te em Deus e conheces a sua vontade. Formado pela Lei, discernes o que é melhor e estás convencido de que és guia dos cegos, luz dos que estão nas trevas, educador dos ignorantes, mestre das crianças. A Lei é o modelo da ciência e da verdade. Como é que ensinas aos outros e não te ensinas a ti mesmo? Como podes pregar que não se deve roubar e roubas? Como podes dizer que não se deve cometer adultério e o cometes? Como é que abominas os ídolos e saqueias os templos? Tu, que te glorias na Lei, desonras Deus ao violá-la. Pois, como está escrito: “Por tua culpa, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios”.
Rom 2,3-11
Você, que julga aqueles que cometem tais coisas e as comete também, imagina que escapará ao julgamento de Deus? Ou talvez despreze as riquezas da bondade, da paciência e da longanimidade de Deus, sem reconhecer que essa bondade o impele à conversão? Pela dureza e impenitência do seu coração, está a acumular ira contra si mesmo para o dia da ira e da revelação do justo julgamento de Deus, que dará a cada um segundo as suas obras: aos que, pela perseverança no bem, buscam glória, honra e imortalidade, vida eterna; mas aos rebeldes, indóceis à verdade e dóceis à injustiça, ira e indignação.
“Não se recompensa o início, mas apenas a perseverança.” (Santa Catarina de Sena).
Há um provérbio muito pertinente que diz: “O caminho para o inferno está pavimentado de boas intenções”. Trata-se de um aviso sério para não desistir do bom caminho que se iniciou ou se pretende iniciar. A Sagrada Escritura também nos dirige admoestações semelhantes, com diferentes formulações. O objetivo é sempre o mesmo: exortar-nos à perseverança e à constância no caminho de Deus.
“Cultive um relacionamento íntimo com o Espírito Santo para que todas as sombras em sua vida desapareçam e Ele possa guiá-lo sem obstáculos”. (Palavra interior).
Rom 1,18-25
De facto, a ira de Deus manifesta-se do céu contra toda a impiedade e injustiça dos homens que rejeitam a verdade em benefício da injustiça. Porque o que se pode conhecer de Deus é manifesto neles, uma vez que Deus lhes manifestou a sua vontade. Pois, desde a criação do mundo, as perfeições invisíveis de Deus — o seu poder eterno e a sua divindade — tornaram-se visíveis à inteligência através das coisas criadas.
“Sem a graça de Deus, não poderia fazer nada. (Santa Joana d’Arc).
Santa Joana d’Arc expressa uma verdade fundamental de forma muito simples. Ela sabe que depende de Deus para tudo. No entanto, essa dependência não tem a conotação negativa que normalmente associamos a esse termo quando nos referimos a uma situação que nos priva da nossa liberdade. Isso nunca acontece com o nosso Pai Celestial, pois a dependência Dele é a realização mais profunda do nosso ser. Por isso, convém enfatizar o cuidado amoroso de Deus, do qual dependemos. De fato, é assim.
