A rejeição do evangelho e suas consequências

NOTA: Aqueles de vocês que têm seguido estas meditações diárias por algum tempo se lembrarão que costumávamos reservar o dia 7 de cada mês para uma meditação sobre Deus Pai. Entretanto, há algumas semanas, oferecemos a cada manhã um breve impulso para conhecer, honrar e amar mais profundamente o Pai Celestial, sob o lema “3 minutos para Abba”. Portanto, todas as pessoas que desejam aprofundar seu relacionamento com Deus Pai são cordialmente convidadas a entrar no seguinte canal de Telegram: https://t.me/tresminutosparaabba

Se não tiverem este aplicativo, também podem encontrar o impulso diário em nosso site: http://es.elijamission.net/dios-padre/

Além disso, como costumávamos fazer no dia 7 de cada mês, também convidamos as pessoas que querem honrar de forma especial a Deus Pai a se juntarem à “Família de Abba”, simplesmente enviando um e-mail com seu nome e o país de onde vêm para o seguinte endereço: contact@jemael.org

 

Mt 10,7-15

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Em vosso caminho, anunciai: ‘O Reino dos Céus está próximo’. Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar! Não leveis ouro nem prata nem dinheiro nos vossos cintos; nem sacola para o caminho, nem duas túnicas nem sandálias nem bastão, porque o operário tem direito a seu sustento. Em qualquer cidade ou povoado onde entrardes, informai-vos para saber quem ali seja digno. Hospedai-vos com ele até a vossa partida. Ao entrardes numa casa, saudai-a. Se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz. Se alguém não vos receber, nem escutar vossa palavra, saí daquela casa ou daquela cidade, e sacudi a poeira dos vossos pés. Em verdade vos digo, as cidades de Sodoma e Gomorra serão tratadas com menos dureza do que aquela cidade, no dia do juízo.

 

Neste texto, o Senhor nos mostra algo essencial. Os bens espirituais ou dons carismáticos não podem se tornar objeto de interesses materiais. Quando isto acontece, a mensagem da gratuidade com que Deus nos abençoa é estragada e, consequentemente, sua verdadeira imagem também fica obscurecida.

Neste caso, os discípulos podem compartilhar com os membros daquela casa tudo o que receberam do Senhor. Em particular, lhes trarão a paz; uma paz que só Deus pode dar.

Se tentarmos aplicar este evangelho ao nosso tempo, certamente notaremos a radicalidade que exige. Nenhuma provisão deve-se levar; nenhuma recompensa humana deve-se receber pelo serviço, esperando-a exclusivamente de Deus; sacudir a poeira dos pés no caso de a mensagem do evangelho não ser recebida numa determinada cidade… A alusão a Sodoma e Gomorra, essas cidades que sucumbiram por causa de seus pecados, também é muito forte.

Quando nos deparamos com um texto bíblico deste tipo, pode acontecer que prefiramos suavizar um pouco suas fortes afirmações ou evitar nos confrontarmos verdadeiramente com sua radicalidade. Também podemos ter a tentação de explicar tais palavras colocando-as num contexto histórico do passado, roubando-lhes assim algo de sua força.

É certamente correto aplicar as palavras biblicas à situação atual e tentar torná-las mais compreensíveis para a mentalidade de nosso tempo; mas não podemos cair no erro de acreditar que o homem moderno pode corrigir certas palavras das Escrituras.

Ainda hoje o mandamento do Senhor a seus discípulos continua de pé: “Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios”.

A graça e a autoridade que Cristo conferiu a seus apóstolos ainda está presente nos discípulos destes tempos, pois poderia Deus retirar este mandato que Ele deu para ser cumprido até o fim dos tempos?

Antes, precisamos nos interrogar se os discípulos de hoje têm uma fé forte o suficiente para abandonar-se totalmente em seu Senhor, e se compreendem que a preocupação excessiva com as seguranças temporais contradiz o espírito do envio. O ato de fé para viver somente pela Providência Divina é um sinal claro da presença de Deus e um lembrete de que o discípulo é um enviado que não vem em seu próprio nome nem age sob sua própria autoridade. Neste contexto, o Senhor fala até de um direito que o discípulo tem: “O operário tem direito a seu sustento.”  Assim, ele está certo de que receberá toda a ajuda necessária para o serviço que está prestando.

Devemos entender estas palavras muito bem. O evangelho é uma graça enorme que o Senhor oferece à humanidade. Embora nos seja oferecido como um dom, sua rejeição acarreta enormes consequências. Não dá no mesmo se se aceita a verdade ou se permanece na cegueira. Podemos observar isso na história do povo judeu. A rejeição do evangelho teve consequências. Jesus sabia e chorou por Jerusalém, porque não reconheceu a hora da graça (cf. Lc 19,44). Nesse caso, há que enfrentar tudo o que vem sobre nós na nossa vida e na história sem a ajuda que Deus nos ofereceu para superá-lo…

E quanto a Sodoma e Gomorra?

Vejamos o exemplo da Europa… Quanta graça tinha sido dada a este continente por ter recebido o anúncio do evangelho e por tê-lo acolhido! Mas o que está acontecendo hoje, quando o evangelho é cada vez menos obedecido? Os pecados se multiplicaram e envenenaram as nações; particularmente a luxúria, que é minimizada e considerada como comportamento normal. Entretanto, as consequências são catastróficas: abortos, casamentos destruídos, homossexualidade como forma de vida aceita, relacionamentos fora do casamento, filhos sem pais, pornografia, campanhas da mídia contra a castidade… uma autodestruição dos povos!

Sodoma e Gomorra? Aqui já podemos ver a autodestruição como uma consequência da rejeição do evangelho! Somente uma conversão sincera pode mudar esta situação. Portanto, é necessário proclamar o evangelho com o mesmo zelo e determinação que encheu os apóstolos.

Baixar PDF