Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Não tenhais medo, pequenino rebanho, pois foi do agrado do Pai dar a vós o Reino. Vendei vossos bens e dai esmola. Fazei bolsas que não se estraguem, um tesouro no céu que não se acabe; ali o ladrão não chega nem a traça corrói. Porque onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração. Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas. Sede como homens que estão esperando seu senhor voltar de uma festa de casamento, para lhe abrirem, imediatamente, a porta, logo que ele chegar e bater.
Naquele tempo, chegando Jesus e seus discípulos junto da multidão, um homem aproximou-se de Jesus, ajoelhou-se e disse: “Senhor, tem piedade de meu filho. Ele é epiléptico, e sofre ataques tão fortes que muitas vezes cai no fogo ou na água. Levei-o aos teus discípulos, mas eles não conseguiram curá-lo!” Jesus respondeu: “Ó gente sem fé e perversa! Até quando deverei ficar convosco? Até quando vos suportarei? Trazei aqui o menino”.
Moisés falou ao povo dizendo: Interroga os tempos antigos que te precederam, desde o dia em que Deus criou o homem sobre a terra e investiga de um extremo a outro dos céus, se houve jamais um acontecimento tão grande, ou se ouviu algo semelhante. Existe, porventura, algum povo que tenha ouvido a voz de Deus falando-lhe do meio do fogo, como tu ouviste, e tenha permanecido vivo? Ou terá vindo algum Deus escolher para si um povo entre as nações, por meio de provações, de sinais e prodígios, por meio de combates, com mão forte e braço estendido, e por meio de grandes terrores, como tudo o que por ti o Senhor vosso Deus fez no Egito, diante de teus próprios olhos?
Por meio das meditações dos últimos dias, tivemos a oportunidade de encontrar Deus, o Pai, mais de perto. Às vezes, experiências negativas que tivemos em nossa vida nos impedem de reconhecer a verdadeira imagem de Deus, por exemplo, se o relacionamento com nosso pai biológico foi bastante problemático. No entanto, não devemos nos deixar levar por essas experiências, pois assim nos tornamos ainda mais necessários para descobrir Deus como nosso Pai amoroso, que é capaz de curar nossas feridas e preencher qualquer vazio interior com Ele mesmo.
Já estamos às portas da data que propusestes para a Festa Litúrgica em vossa honra: 7 de agosto ou o primeiro domingo do mesmo mês.
Pai, sempre nos abençoais abundantemente… Em algum momento nós, vossos filhos, com toda a nossa fraqueza, queremos devolver-vos algo. Sabemos que a coisa mais bela que podemos vos dar é o nosso coração! Deve vos pertencer totalmente e sem reservas!
Mas há algo mais que gostaríamos de vos dar, Pai amado… O que achais se convidarmos todas as pessoas que nos escutam, sejam elas do México, Argentina, Colômbia, Equador, Brasil, Venezuela, Costa Rica, El Salvador, Panamá, Chile, Estados Unidos, Espanha, China, Inglaterra, Escócia, França, Alemanha, Suíça, Áustria, Itália ou muitos outros países, a cooperar conscientemente conosco nesta obra do vosso amor? Que eles também o façam representando seus respectivos países, por suas famílias e comunidades?
Vos agradarias isso, Pai, mesmo que fossem poucos? E se forem muito poucos? E se for apenas um ou outro de cada país? Desse modo, Pai, olhai por meio deles para todos aqueles que estão representando da mesma forma como vedes toda a humanidade através de vosso Filho.
Vossa amada filha, nossa Mãe Maria, também pronunciou o seu fiat em nome de toda a humanidade. Certamente está do nosso lado quando queremos honrar-vos e proclamar vosso amor. Não há dúvida sobre isso, pois como ela poderia resistir a tal propósito?
E a Igreja triunfante? Não vacilará em nenhum momento, mas virá em nosso auxílio! Também pediremos a ajuda do exército das crianças não nascidas, vítimas do aborto, e da Igreja padecente…
Assim, no fim das contas seremos muitos e esperamos que alguns da Igreja militante também se unam ao “exército do Cordeiro” para fazer exatamente aquilo que Nosso Senhor fez e que é o maior desejo de vosso Coração: “Eu te glorifiquei na terra. Terminei a obra que me deste para fazer.” (Jo 17,4)
Este seria nosso presente para Vós, Pai amado!
Vós dissestes à Madre Eugênia Ravasio:
“Se existe uma coisa que eu desejaria particularmente neste momento, seria o aumento do fervor nos justos. Isso seria em si um caminho fácil para a conversão dos pecadores, uma conversão sincera e perseverante, o retorno dos filhos pródigos à Casa do Pai, especialmente os judeus e todos os outros que também são Minhas criaturas e Meus filhos (…). Oportuna ou inoportunamente, o mundo inteiro irá aprender que existe um só Deus e um só Criador”.
Querido Pai, se eu olhar para as meditações dos últimos dias, só tenho o que agradecer… Antes de tudo ao Espírito Santo, pois sem Ele tudo teria sido mera conversa. Agradeço também a todos aqueles que rezaram pela fecundidade desta novena e aqueles que colaboraram. Agradeço aos incansáveis irmãos do Harpa Dei. Obrigado também pelos muitos comentários encorajadores…
Ainda haveria muito a dizer, Pai amado, pois nunca terminaremos de vos louvar. Graças a Deus teremos toda a eternidade à nossa disposição para fazê-lo! Mas agora, enquanto ainda estamos na Terra, vossos louvores hão de ressoar também aqui, sem nunca cessarem.
Talvez alguns de nossos ouvintes respondam e entendam que a proclamação do vosso amor é o mais importante e também a melhor arma contra os poderes das trevas.
Glória ao Pai, e ao Filho, e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre e por todos os séculos dos séculos. Amém.
Como nos dais a entender, Pai amado, não estais longe, mas muito perto de nós e ireis chegar ainda mais perto na medida em que o permitamos e abramos os nossos corações a Vós.
Visto que é assim e que nos chamais a uma confiança infinita, e sabendo que velais por tudo o que acontece com vossos filhos, nos aproximamos de Vós também neste momento da história para vos perguntar o que é que está acontecendo na Terra atualmente.
Há tanta discórdia e confusão. Até a vossa Igreja está envolvida e parece que as forças anticristãs estão ganhando cada vez mais terreno. Podeis nos dar alguma luz?
Em vossa mensagem à Madre Eugênia prometeis que onde quer que sejais invocado, trareis paz, seja nas famílias, nas comunidades cristãs, nas nações e em toda a humanidade. Pois onde estiverdes não haverá mais guerras. Assim nos diz a Escritura:
“O Senhor é um Deus que extermina guerras.” (Jt 16,2).
“Reprimiu as guerras em toda a extensão da terra; partiu os arcos, quebrou as lanças, queimou os escudos.” (Sl 45,10)
“Farei desaparecer da terra o arco, a espada e a guerra, e os farei repousar com segurança.” (Os 2,20b)
Certamente vos referis, Pai amado, à paz verdadeira que se trata, em primeira instância, da paz convosco, daquela paz que somente Vós podeis dar (Jo 14,27) – da paz do coração e a partir daí, da paz entre nós, homens.
Quão maravilhosas são as promessas que fazeis a nós! Mas a situação atual neste mundo parece tão diferente…
Se vos perguntarmos por que vossas promessas ainda não foram cumpridas, teremos como certa a vossa resposta … Com boa razão perguntareis se por acaso os homens vos reconhecem, vos honram e vos amam como Pai, tal como Vós pedis. Perguntareis se os homens guardam os vossos mandamentos e vivem como vossos filhos. Perguntareis se a Festa em vossa honra já foi estabelecida conforme pedistes. E aí, Pai amado, permanecerei calado….
Certamente existem aqueles que vos invocam e servem como vossos filhos, mas são muito poucos! E a Festa litúrgica em vossa honra também ainda não foi estabelecida. Então, o que nos compete fazer?
Abraão negociou convosco, e estáveis disposto a poupar Sodoma se nela fossem encontrados apenas dez justos. (Gn 18,16-33).
Posso barganhar convosco também? Mesmo que não hajam em cada nação pessoas suficientes que vos honrem como desejais, seria aceitável se ao menos alguns representassem seus respectivos povos, dedicando-se inteiramente à vossa “obra de amor”?
É urgente que despertemos de toda letargia! Com tudo o que vem acontecendo no mundo há muitos meses, é evidente que percebemos vosso insistente chamado à conversão.
As sombras escuras serão dissipadas e os planos do maligno derrotados somente se depositarmos nossa confiança em Vós e retribuirmos vosso amor.
Conduzirás vosso povo pelo deserto e todo faraó arrogante será derrubado de seu trono (cf. Ex 14,18-28). Se ao menos entendêssemos isso!
Confiemos em Vós e levemos a sério os desejos de vosso Coração, pois são uma luz no meio da escuridão atual!
Precisamente agora, nestes tempos, com seus absurdos e o aumento das trevas, quando a revolta contra Vós e vosso Ungido (cf. Sl 2,2) se intensifica cada vez mais, devemos nos reunir em prol de Vós e Vosso Filho e proclamar o vosso amor. Em tempos de perseguição vossa luz pode se espalhar ainda mais.
O profeta Isaías respondeu ao vosso chamado:
“Percebi a voz do Senhor dizendo: ‘Quem enviarei Eu? E quem irá por Nós?’. ‘Eis-me aquí’ – disse eu –, ‘enviai-me’.’’ (Is 6, 8)
Pai amado, é verdade que somente quando vos contemplarmos face a face na eternidade, experimentaremos a plenitude da felicidade na direção da qual estamos caminhando. Sem dúvida alguma!
No entanto, não é que Vós quereis que somente experimentemos sofrimento até chegarmos lá, mesmo que este às vezes nos ajude a não desfrutar de uma felicidade falsa. Se assim fosse, Pai amado, o Senhor não nos teria dito através de nosso amigo São Paulo que devemos nos alegrar sempre (cf. Fil 4,4).
Mas querido Pai, como podemos estar sempre alegres? Certamente não é uma alegria terrestre em primeira instância, nem é uma alegria artificial ou fingida, mas uma alegria verdadeira.
Na Mensagem que confiastes à Irmã Eugênia Ravasio, nos dais uma diretriz bela:
“Se me amais e com confiança chamai-me com o doce nome de ‘Pai’, começareis a experimentar já aqui na terra o amor e a confiança que vos farão felizes na eternidade e que cantareis no céu na companhia dos eleitos. Não é isto uma antecipação da bem-aventurança do céu, que durará eternamente?”
Sim, é!
Por causa do primeiro pecado no Paraíso, a relação de confiança entre nós foi profundamente afetada, e o mesmo continua acontecendo ao longo da história. O diabo trabalha com sucesso lançando os homens na desgraça.
Se não confiamos em Vós, em quem confiaremos? Em pessoas imperfeitas? Em nossa natureza caída? Ou pior ainda, nos sussurros de Satanás?
Não! Vos invocamos como nosso Pai, como o melhor dos pais, como o mais terno dos pais, presente pessoalmente onde quer que estejamos e em cada exato momento que está sempre conosco, mesmo que nos esqueçamos dele ou até mesmo o neguemos. Este é o vosso desejo como manifestastes à Madre Eugênia Ravasio:
“Gostaria de estabelecer-Me em cada família como em Minha casa, para que todos possam dizer: ‘Temos um Pai que é infinitamente bom, imensamente rico e generoso em misericórdia’.”
Quando correspondemos a este vosso desejo o amor e a confiança aumentam, e curais esta terrível ferida de desconfiança e de medo no mais profundo de nosso ser.
Até mesmo nos dizeis que esta será uma antecipação da alegria que cantaremos no céu na companhia dos eleitos.
Pai amado, estas são palavras maravilhosas que despertam meu coração totalmente.
Já aqui neste mundo a música sacra pode me elevar a tal ponto que às vezes mal posso resistir mais… São Francisco de Assis disse uma vez que morreria de amor se escutasse um só tom celestial a mais.
Então, Pai, na eternidade cantaremos a confiança e o amor por Vós, que já agora pode crescer em nós.
Sim, poder louvar-vos em uma liturgia santa é, por exemplo, uma antecipação da alegria celestial, mesmo que aqui, em nossa existência terrestre, ainda não possamos permanecer constantemente nessa alegria.
Contudo, se nos mantivermos na “confiança cantada” e no amor por Vós dia após dia, hora após hora, nas obras de amor e num diálogo mais íntimo convosco, nossa alegria crescerá cada vez mais.
Sim, Pai, precisamos curar a relação de confiança convosco que foi abalada profundamente. Como seria maravilhoso poder confiar em Vós, sem limites, já aqui em nossa vida terrestre!
Purificai-nos, por favor, de tudo o que ainda se interpõe entre nós e deixai que vossa Palavra santa nos penetre, crie raízes e expulse tudo aquilo que nossa alma absorveu de errado.
Como uma ajuda para isso, deixemos que a música sacra nos toque e alcance o nosso íntimo, enquanto ouvimos vossa Palavra santa:
“Como um pastor, vai apascentar seu rebanho, reunir os animais dispersos, carregar os cordeiros nas dobras de seu manto, conduzir lentamente as ovelhas que amamentam.” (Is 40,11)
“Apenas clamaram os justos, o Senhor os atendeu e os livrou de todas as suas angústias. O Senhor está perto dos contritos de coração, e salva os que têm o espírito abatido.” (Sl 33,18-19)
“Amo-te com eterno amor, e por isso a ti estendi o meu favor.” (Jer 31,3b)
“Nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem as alturas, nem os abismos, nem outra qualquer criatura nos poderá apartar do amor que Deus nos testemunha em Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Rm 8,38-39)