“Enchei, luz bendita, chama que crepita, o íntimo de nós!
Sem a luz que acode, nada o homem pode, nenhum bem há nele.
Ao sujo lavai, ao seco regai, curai o doente.
Dobrai o que é duro, guiai no escuro, o frio aquecei”.
“Enchei, luz bendita, chama que crepita, o íntimo de nós!
Sem a luz que acode, nada o homem pode, nenhum bem há nele.
Ao sujo lavai, ao seco regai, curai o doente.
Dobrai o que é duro, guiai no escuro, o frio aquecei”.
“Consolo que acalma, hóspede da alma, doce alívio, vinde! No labor descanso, na aflição remanso, no calor aragem.”
O Espírito Santo é o consolador que o Senhor nos deu. O Apóstolo Paulo nos diz: “Ele nos consola em todas as nossas tribulações, para que possamos consolar os que estão aflitos, oferecendo-lhes a consolação que nós mesmos recebemos de Deus”. (2Cor 1,4).
“Vinde, Pai dos pobres, dai aos corações vossos sete dons.”
O termo “pobre” inclui todos nós, especialmente aqueles que têm consciência de sua própria pobreza.
Em nossa vida espiritual, aprendemos que estamos sempre em necessidade. É exatamente o Espírito Santo que nos ensina o quão grande é o amor de Deus e o quanto ainda estamos longe dele.
Concluído o nosso percurso pelos Atos dos Apóstolos, no qual acompanhámos estas incansáveis testemunhas do Evangelho nas suas viagens missionárias, com todos os seus sofrimentos, mas também com a alegria da propagação da fé, gostaríamos agora de nos debruçar sobre o Espírito Santo, de acordo com o tempo litúrgico. De fato, foi Ele que guiou a missão dos apóstolos, que tiveram de esperar pela sua vinda para iniciar o seu ministério entre todos os povos. Com a meditação de hoje, iniciamos a preparação para o Pentecostes.
Pouco depois de Paulo ter sido levado para Cesareia, o sumo sacerdote Ananias desceu com alguns anciãos e o advogado Tértulo para apresentar a sua acusação ao procurador Félix (Atos 24,1). No entanto, Paulo defendeu-se e Félix não encontrou razão para o condenar, pelo que adiou o processo (v. 22). Assim, Paulo permaneceu em Cesareia durante dois anos, sob custódia, mas com certas liberdades. O sucessor de Félix, Pórcio Festo, manteve Paulo preso para agradar aos judeus (v. 27).
Após a série das três últimas meditações, em que abordamos a crise da missão da Igreja à luz do testemunho dos Apóstolos, vamos agora debruçar-nos sobre os últimos capítulos dos Atos dos Apóstolos. Fá-lo-emos com um esquema ligeiramente diferente do das últimas semanas, uma vez que os últimos capítulos falam por si. Não posso deixar de encorajar vivamente todos a lê-los na íntegra. São muito ricos, na medida em que narram as viagens missionárias de São Paulo e tudo o que nelas se passou. No entanto, nas meditações que se seguem, limitar-me-ei a resumir os acontecimentos, com ênfase num ou noutro ponto-chave.
Ao abordar hoje a questão de saber se há indícios que sugerem que Leão XIV está a reconduzir a Igreja ao caminho certo, em conformidade com a Sagrada Escritura e a Tradição, centrar-me-ei sobretudo no tema da missão, que discutimos nas duas últimas meditações.
Temos um primeiro discurso do novo Pontífice relacionado com o tema em questão. Trata-se da “alocução às delegações ecuménicas e inter-religiosas”, proferida a 19 de maio de 2025. Passo a citar alguns trechos relevantes para o tema em questão: