“Mantenha seu coração ancorado em mim” (Palavra interior).
Depois de entregarmos o nosso coração ao Pai Celestial em resposta ao Seu amor por nós, este ato de entrega tem de ser renovado e aprofundado uma e outra vez.
Isto é necessário para que o nosso coração se purifique cada vez mais, à medida que Lhe apresentamos os movimentos negativos mais sutis que nele descobrimos.
No entanto, há também coisas exteriores que nos querem assustar e perturbar. A regra a que devemos ater-nos aqui é a de não nos deixarmos levar pela dinâmica do medo, mas ancorar imediatamente o nosso coração no Pai e depositar nele a nossa confiança.
Podemos apontar muitas coisas que querem reclamar a nossa atenção, mas, na realidade, não são importantes e só nos distraem. No entanto, se nos tivermos treinado para manter o nosso coração ancorado em Deus e voltarmos sempre ao Seu coração, então o Espírito Santo, o nosso “mestre interior”, será capaz de chamar a nossa atenção de forma suave, mas clara, para todos os tipos de desvios. Ou seja, Ele fará com que percebamos quando o nosso coração se desviar, mesmo que minimamente, do amor de Deus.
Ao coração do nosso Pai levamos também todo o tipo de dor que nos aflige, seja ela interior ou exterior, e aí o sofrimento é aceito e a sua consolação acalma o nosso coração.
Para entrar numa relação mais profunda com o nosso Pai, é necessário reservar tempo para estar com Ele e cultivar o diálogo com Deus. Isto implica interiorizar a Sua Palavra, para que esta se enraíze no nosso coração e nos desperte da letargia, e receber os santos sacramentos.
Deste modo, o nosso amor por Deus torna-se cada vez mais íntimo e o nosso coração começa a sofrer quando se afasta d’Ele. Quando nos apercebemos disso, voltamos prontamente ao coração do Pai e tornamo-nos cada vez mais vigilantes para manter o nosso coração sempre nele ancorado.