“Saí do Pai e vim ao mundo; de novo deixo o mundo e vou ao Pai” (Jo 16,28).
Essa é a realidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que engloba a tudo. O Senhor procede do Pai, cumpre a Sua missão no mundo e retorna ao Pai. Tudo é orientado para o Pai; todas as palavras que Jesus pronuncia, todas as Suas obras, tudo é um testemunho vivo do amor do Pai pelo Filho e por nós, bem como do amor do Filho pelo Pai e pela humanidade.
E encontramos a nossa morada nesse amor.
Por acaso não nascemos de novo da água e do Espírito no santo batismo (cf. Jo 3,5)? Não nos tornamos homens novos (cf. Ef 4,24)? Não somos enviados, como Jesus, para realizar as obras do Pai? Não somos também chamados a fazer tudo com o olhar fixo no Pai e para Sua maior glória? Por acaso não nos convertemos em verdadeiros irmãos de nosso Salvador, em Seus mensageiros e amigos?
Portanto, como homens nascidos de novo em nosso Senhor, podemos também, de certo modo, dizer: “Saímos do Pai e viemos a este mundo para cumprir a nossa missão; e deixaremos o mundo para voltar ao Pai”.
Deste modo, a missão do Filho Unigênito de Deus se encarna em nossa vida e produz frutos para o Reino de Deus por meio da nossa obediência. São estes os frutos que poderemos levar para a eternidade. Se, no final de nossa vida, pudermos afirmar junto ao Apóstolo Paulo: “Combati o bom combate, terminei a minha carreira” (2 Tim 4,7), então retornaremos com grande confiança à casa do Pai Celestial e estaremos com Ele, para sempre, na vida eterna.