“Em vossa constante bondade sempre buscastes o homem. No Paraíso gritastes: ‘Adão, onde estás?‘” (Hino de Louvor à Santíssima Trindade)
Esta foi a resposta de nosso Pai à queda dolorosa do homem, cuja consequência foi a proliferação do pecado desde então, e, dali em diante, todas as gerações futuras tiveram que viver sob a sombra do pecado original, com exceção da Virgem Maria, a quem o Senhor preservou da mancha do pecado para ser a ponte pela qual o Redentor veio ao mundo.
“Adão, onde estás?” – é o grito que brota das profundezas do coração de um Pai amoroso ao longo dos séculos; um grito que continua ressoando ininterruptamente até hoje. Nosso Pai está sempre em busca de seus filhos. Para redimi-los enviou seu Filho que se fez homem para “buscar e salvar o que estava perdido”.
Nosso Pai não nos abandonou e jamais o fará. Ele não retira o seu amor do homem mesmo que este lhe vire as costas, mas o busca e espera por ele o máximo de tempo possível. Somente o homem pode se fechar a si mesmo a este amor, como no caso dos anjos caídos, e obstinar-se em seu fechamento.
Em nossas reflexões sobre Deus Pai, nos deparamos com o amor de Deus repetidamente; amor que busca o homem incessantemente e quer convencê-lo de mil maneiras de que a sua verdadeira alegria está no fato de que ele tem um Pai no céu, cuja grande felicidade é que nos convertamos e retornemos a Ele para que possa celebrar conosco a eterna “festa do retorno à casa” de seu filho perdido.
Nosso Pai quer nos curar de todas as consequências da dolorosa perda do Paraíso: Ele está próximo de nós. Ele nos abre todas as fontes de graça através de seu Filho, especialmente a do perdão, guia-nos para a eternidade, onde nada nos faltará, pois Deus providenciou tudo aquilo em que nós, homens, falhamos.
Tudo o que temos que fazer de nossa parte é dar o nosso consentimento ao caminho pelo qual nosso Pai quer nos conduzir para permanecermos em sua graça. Então poderemos exclamar com alegria incessante: “Pai, nos buscastes e nos encontrastes. Aqui estamos!”