A hipocrisia e o esfriamento do coração

Mc 7, 1-13

Naquele tempo, os fariseus e alguns mestres da Lei vieram de Jerusalém e se reuniram em torno de Jesus. Eles viam que alguns dos seus discípulos comiam o pão com as mãos impuras, isto é, sem as terem lavado.

Com efeito, os fariseus e todos os judeus só comem depois de lavar bem as mãos, seguindo a tradição recebida dos antigos. Ao voltar da praça, eles não comem sem tomar banho. E seguem muitos outros costumes que receberam por tradição: a maneira certa de lavar copos, jarras e vasilhas de cobre. Read More

O triunfo da fé e do amor

Mt 28,16-20

Evangelho correspondente ao Memorial de São Paulo Miki e companheiros

 Os onze discípulos foram para a Galileia, para a montanha que Jesus lhes tinha designado. Quando o viram, adoraram-no; entretanto, alguns duvidaram ain­da. Mas Jesus, aproximando-se, lhes disse: “Toda autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, pois, e fazei discípulos de todos os povos; batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-os a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo.

 

 A Igreja é rica em missionários e mártires, nos quais o triunfo da fé e do amor foi manifestado. Isto pode ser dito sobre os mártires japoneses Paulo Miki e seus companheiros, cuja memória celebramos hoje.

Os portugueses descobriram o Japão entre 1542 e 1543. Em 1549 São Francisco Xavier deu início à sua missão e em 1590 existiam aproximadamente meio milhão de cristãos no Japão.

O governante japonês, embora tolerante no início, tornou-se cada vez mais hostil ao cristianismo. Em 1596 prendeu 26 cristãos em Oasaka: 3 jesuítas japoneses; 6 franciscanos espanhóis (incluindo Pedro Bautista) e 17 terciários franciscanos japoneses, ou seja, leigos pertencentes à Terceira Ordem de São Francisco. Entre eles haviam 3 acólitos entre 12 e 14 anos de idade.

A fé destes homens foi tão forte que os capacitou sofrer tormentos terríveis. Foram crucificados em Nagasaki após uma longa marcha de quase mil quilômetros, que tiveram que caminhar descalços na neve. Ao longo do extenso trajeto sofreram muitos escárnios e desprezo das pessoas que saíam para vê-los no caminho. Cantando salmos e hinos, subiram uma colina em Nagasaki aonde foram amarrados às cruzes que haviam sido erguidas em formato linear.

Estas testemunhas agarraram-se à fé e todas as tentativas de persuadi-las a renunciá-la foram em vão. Mesmo os mais jovens se mantiveram firmes. O governador teve pena do mais jovem e quis salvá-lo da morte, prometendo-lhe todo tipo de coisas para dissuadi-lo da fé. A resposta que recebeu do menino foi esta: “As alegrias e honras da vida são apenas como espuma na água, como o orvalho da manhã na grama. Em contrapartida, as alegrias e honras do céu são imperecíveis”.

Paulo Miki pregou aos presentes uma última vez, encorajando os cristãos a permanecerem firmes e perseverantes. Perdoou os assassinos e agradeceu a Deus pela graça de poder morrer com a mesma idade e da mesma forma que o seu Redentor: na cruz.

Um contemporâneo relatou o que Paulo Miki disse aos presentes antes de morrer: “Consciente de ser respeitado entre todos aqueles que tinham sido seus, nosso irmão Paulo Miki declarou aos espectadores que era japonês e que pertencia à Companhia de Jesus; que tinha que morrer pela pregação do Evangelho e que era grato por este favor extraordinário. Depois acrescentou: “Visto que o meu fim chegou, penso que nenhum de vós acreditará que estou escondendo a verdade. Assim declaro a todos que não existe outro caminho para a salvação que não seja o dos cristãos. Este caminho me ensina a perdoar os meus inimigos e todos aqueles que me ofenderam. Por isso, perdoo de bom grado ao rei e a todos os culpados pela minha morte, e peço-lhes que recebam o batismo cristão”. Então fixou seus olhos em seus companheiros e começou a encorajá-los para o clímax daquele combate. Os rostos de todos se iluminaram de alegria.

Apesar de todo ajustamento prudente à cultura japonesa, os jesuítas daquela época nunca duvidaram que Cristo fosse o único caminho de salvação (cf. Atos 4:12). Por isso deram as suas vidas. Esta é uma mensagem importante para o tempo presente, quando com frequência não se anuncia mais, com clareza, a necessidade da fé cristã para a salvação.

A fidelidade ao Senhor e ao Evangelho está acima de tudo. Isto implica estar dispostos até mesmo para o martírio, o que é possível graças ao espírito de fortaleza, aquele dom maravilhoso do Espírito Santo que nos eleva além de nossas limitações humanas.

Atualmente, em um mundo cada vez mais anticristão, somos desafiados a dar este testemunho. Nos convém que, dia após dia, treinemos para superar todos os medos que possam nos impedir de dar este testemunho claro. Isto somente pode acontecer através de um amor a Cristo cada vez mais profundo. Que os santos mártires nos ajudem e sustentem para que sejamos dignos de imitar o exemplo de uma Santa Inês, de uma Santa Ágata e dos santos mártires de Nagasaki!

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Ovelhas sem pastor

Mc 6, 30-34

Naquele tempo, os apóstolos reuniram-se com Jesus e contaram tudo o que haviam feito e ensinado. Ele lhes disse: “Vinde sozinhos para um lugar deserto e descansai um pouco”. Havia, de fato, tanta gente chegando e saindo que não tinham tempo nem para comer. Então foram sozinhos, de barco, para um lugar deserto e afastado. Muitos os viram partir e reconheceram que eram eles. Saindo de todas as cidades, correram a pé, e chegaram lá antes deles.

Ao desembarcar, Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas.

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A verdade acima de tudo

Mc 6, 14-29 

Naquele tempo, o rei Herodes ouviu falar de Jesus, cujo nome se tinha tornado muito conhecido. Alguns diziam: “João Batista ressuscitou dos mortos. Por isso os poderes agem nesse homem”. Outros diziam: “É Elias”. Outros ainda diziam: “É um profeta como um dos profetas”. 

Ouvindo isto, Herodes disse: “Ele é João Batista. Eu mandei cortar a cabeça dele, mas ele ressuscitou!” Herodes tinha mandado prender João, e colocá-lo acorrentado na prisão. Fez isso por causa de Herodíades, mulher do seu irmão Filipe, com quem se tinha casado. 

João dizia a Herodes: “Não te é permitido ficar com a mulher do teu irmão”. Por isso Herodíades o odiava e queria matá-lo, mas não podia. Com efeito, Herodes tinha medo de João, pois sabia que ele era justo e santo, e por isso o protegia. Gostava de ouvi-lo, embora ficasse embaraçado quando o escutava. 

Finalmente, chegou o dia oportuno. Era o aniversário de Herodes, e ele fez um grande banquete para os grandes da corte, os oficiais e os cidadãos importantes da Galileia. A filha de Herodíades entrou e dançou, agradando a Herodes e seus convidados. Então o rei disse à moça: “Pede-me o que quiseres e eu te darei”. E lhe jurou dizendo: “Eu te darei qualquer coisa que me pedires, ainda que seja a metade do meu reino”. 

Ela saiu e perguntou à mãe: “Que vou pedir?” A mãe respondeu: “A cabeça de João Batista”. E, voltando depressa para junto do rei, pediu: “Quero que me dês agora, num prato, a cabeça de João Batista”. 

O rei ficou muito triste, mas não pôde recusar. Ele tinha feito o juramento diante dos convidados. Imediatamente, o rei mandou que um soldado fosse buscar a cabeça de João. O soldado saiu, degolou-o na prisão, trouxe a cabeça num prato e a deu à moça. Ela a entregou à sua mãe. Ao saberem disso, os discípulos de João foram lá, levaram o cadáver e o sepultaram.  

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Luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel

Lc 2, 22-40 

Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor. Conforme está escrito na lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor”. Foram também oferecer o sacrifício — um par de rolas ou dois pombinhos — como está ordenado na Lei do Senhor.  

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Aceitar as correções

Hb 12,4-7.11-25

Irmãos: Vós ainda não resististes até ao sangue na vossa luta contra o pecado, e já esquecestes as palavras de encorajamento que vos foram dirigidas como a filhos: ‘Meu filho, não desprezes a educação do Senhor, não te desanimes quando ele te repreende; pois o Senhor corrige a quem ele ama e castiga a quem aceita como filho’.

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