NÃO DESANIMAR

“Não fique desanimado quando o mal parecer triunfar. Essas são vitórias de Pirro, vitórias fictícias, depois das quais vem a derrota e a separação final entre o bem e o mal”. (Palavra interior). 

Quando percebemos como o mal parece triunfar no mundo e ao nosso redor, a grande tentação que nos invade é desanimar, desistir e, assim, indiretamente dar mais poder ao mal. Mas esse não deve ser o caso! 

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Um projeto de vida em poucas palavras

1Cor 10,31–11,1

Irmãos: Quer comais, quer bebais, quer façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus. Não escandalizeis ninguém, nem judeus, nem gregos, nem a igreja de Deus. Fazei como eu, que procuro agradar a todos, em tudo, não buscando o que é vantajoso para mim mesmo, mas o que é vantajoso para todos, a fim de que sejam salvos. Sede meus imitadores, como também eu o sou de Cristo.

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Tudo vem Dele!

1Re 12,26-32; 13,33-34

Naqueles dias, Jeroboão refletiu consigo mesmo: “Como estão as coisas, o reino vai voltar à casa de Davi. Se este povo continuar a subir ao templo do Senhor em Jerusalém, para oferecer sacrifícios, seu coração se voltará para o seu soberano Roboão, rei de Judá; eles me matarão e se voltarão para Roboão, rei de Judá”.

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A VITÓRIA DO AMOR

Antes de chegar a hora de sua Paixão, Jesus se volta para o Pai e diz: “Eu te glorifiquei na terra, tendo terminado a obra que me deste para fazer” (Jo 17,4). 

Jesus age em nome do Pai Celestial e, assim, nos mostra o quanto Ele se importa com nossa salvação, dando-nos Seu amor até o fim: “Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu único Filho” (Jo 3,16). Essa é a grande obra da Redenção!

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Divisão como consequência do pecado

1Re 11,29-32.12,19

Aconteceu, naquele tempo, que, tendo Jeroboão saído de Jerusalém, veio ao seu encontro o profeta Aías, de Silo, coberto com um manto novo. Os dois achavam-se sós no campo. Aías, tomando o manto novo que vestia, rasgou-o em doze pedaços e disse a Jeroboão: “Toma para ti dez pedaços. Pois assim fala o Senhor, Deus de Israel: Eis que vou arrancar o reino das mãos de Salomão e te darei dez tribos. Mas ele ficará com uma tribo, por consideração para com meu servo Davi e para com Jerusalém, cidade que escolhi dentre todas as tribos de Israel”. Israel rebelou-se contra a casa de Davi até ao dia de hoje.  

 

Na sequência da leitura de ontem, a leitura de hoje nos apresenta as consequências do pecado de Salomão. O reino, que havia sido unido sob o comando de seu pai Davi e dele próprio, é dividido e, como o Senhor predisse, Jeroboão se torna rei da maior parte do reino.

Aqui podemos ver que uma das consequências do pecado é a divisão.

Isso nos lembra da grande consequência do pecado original, que rompeu gravemente a unidade do homem com Deus, provocando assim a catástrofe primordial da existência humana.

O pecado original é o ponto de partida de toda divisão (se não abordarmos o pecado anterior dos anjos caídos), e poderíamos considerar a história do pecado como uma história de constante divisão, afetando todas as áreas da vida humana: famílias, comunidades, nações e até mesmo a Igreja.

Também podemos descobrir essa divisão resultante do pecado em nós mesmos. Antes da queda original, havia uma harmonia perfeita no homem, criada por Deus: o Senhor iluminou o entendimento para que ele pudesse direcionar a vontade. Os sentimentos estavam a serviço da execução da vontade. A partir do momento da queda no pecado, por outro lado, entrou na vida humana aquela desordem que São Paulo descreve nestes termos: “Vejo outra lei em meus membros, guerreando contra a lei do meu espírito e escravizando-me sob a lei do pecado que está em meus membros” (Rom 7,23).

A partir dessa perspectiva, podemos entender bem por que o Senhor disse que “toda casa dividida contra si mesma não pode subsistir” (Mt 12,25). Nossa própria experiência confirma isso!

A grande questão é: como podemos então servir à verdadeira unidade?

Em primeiro lugar, deve ficar claro para nós que a verdadeira unidade entre as pessoas só pode ser restaurada em Deus, uma vez que a perdemos justamente por causa de nossa ruptura com Ele. Por meio da graça de Cristo, que perdoa nossas falhas, e por meio da obra do Espírito Santo, que atua sobre as consequências da divisão interior, a integridade interior da pessoa é restaurada em primeira instância. É por isso que o caminho da santificação é tão importante, pois ele faz com que o entendimento seja iluminado, a vontade seja fortalecida e os sentimentos sejam ordenados para o serviço da verdade.

Todo esforço vale a pena, pois por meio de nossa luta pessoal, que é o que chamamos de “ascetismo”, já estamos cooperando para a unidade da humanidade. Se nós mesmos recuperarmos gradualmente nossa integridade interior e o Espírito Santo for capaz de exercer sua influência sobre nós cada vez mais, já estaremos participando da grande obra de Deus, que é conduzir a humanidade de volta à Casa do Pai. É o Espírito de Deus que nos leva a transmitir o Evangelho, a dispor as pessoas a ordenarem suas vidas diante de Deus e a se converterem a Ele. É por isso que a Igreja deve transmitir o Evangelho incansavelmente, porque a unidade em nível humano e político é muito frágil se não for o Espírito Santo que transforma o coração das pessoas.

Nesse ponto, também é necessário alertar contra a desastrosa ilusão de tentar criar unidade entre as pessoas em um nível meramente humano. A raiz e a profundidade da divisão não foram compreendidas aqui e, acima de tudo, não se reconheceu que, para alcançar a unidade, é essencial aceitar a Redenção operada por Cristo e empreender o processo de transformação interior de acordo com isso.

Outro ponto essencial é o perdão dos pecados. Quando nós mesmos recebemos o perdão, nos tornamos capazes de perdoar os outros, quebrando assim o ciclo de divisão por meio da reconciliação. Como homens reconciliados com Deus, também nos tornamos pessoas dispostas a perdoar, para que possamos oferecer o remédio contra a divisão contínua. Isso implica que sejamos vigilantes para evitar todo pecado e que, se não o fizermos, busquemos imediatamente a reconciliação com Deus e com as pessoas envolvidas.

Aqueles que conscientemente seguem a Cristo devem ser capazes de se tornar instrumentos de paz. Isso significa que eles mesmos não devem ser uma causa de divisão por causa de seus próprios pecados. Assim, os cristãos podem cooperar para a reconciliação da humanidade com Deus. Isso pode acontecer também em segredo: na oração, trabalhando em seu próprio coração, promovendo a reconciliação na família, no trabalho, na Igreja etc. Deus nos oferece todos os remédios, para que a humanidade confusa e dividida possa encontrar o caminho para a verdadeira paz. E nossa pequena contribuição, onde quer que Deus nos tenha colocado, é preciosa para o Senhor. 

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